Na última quarta-feira (8), a capital do estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, voltou a ser atingida por chuvas e ventos fortes, com alagamentos sendo vistos em diversos bairros, especialmente na orla do rio Guaíba. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) está sinalizando perigo de oeste a leste do estado gaúcho, cobrindo a região da capital até a fronteira argentina.

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A água chegou até a região metropolitana porto-alegrense, como a cidade de Canoas, e a Defesa Civil do estado chegou a emitir um alerta de chuva e ventos fortes — segundo a agência, os ventos poderão passar dos 90 km/h em grande parte do Rio Grande do Sul. Há chances de chuva de granizo e descargas elétricas.

O nível do rio Guaíba atingiu 5,06 metros, aproximadamente 20 cm abaixo da cota máxima identificada nos últimos dias. Para ser considerado um nível de alerta, a cota é de 2,5 m, com a cota de inundação ficando em 3 m, para comparação.


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A Defesa Civil do RS também atualizou o número de mortos por conta dos recentes temporais e enchentes, chegando a 100 vítimas. Mais 4 óbitos estão sendo investigados e há 128 desaparecidos e 372 feridos em todo o estado.

Já são 230,4 mil pessoas fora de casa — 66,7 mil em abrigos e 163,7 mil desalojados, isto é, que estão nas casas de amigos ou familiares. Dos 497 municípios gaúchos, 417 relatam problemas devido aos temporais e enchentes: são até 1,4 milhão de afetados.

Quando vão parar as chuvas no RS?

Segundo especialistas do Climatempo, as chuvas extremas do estado gaúcho estão sendo geradas por um bloqueio atmosférico, resultado da combinação da circulação de ventos em diversos níveis da atmosfera. Com as massas de ar presas, os ares frio e quente ficam estáticos e não se misturam. 

Isso quer dizer que a situação só tem previsão de melhora após o rompimento do bloqueio atmosférico, que começou ainda em 22 de abril e está previsto para terminar apenas em 14 de maio.

Infográfico do Climatempo mostrando o bloqueio atmosférico e sua influência nas chuvas do Rio Grande do Sul (Imagem: Climatempo/Divulgação)
Infográfico do Climatempo mostrando o bloqueio atmosférico e sua influência nas chuvas do Rio Grande do Sul (Imagem: Climatempo/Divulgação)

Bloqueios atmosféricos costumam ser rompidos por frentes frias, que dispersam os ventos e permitem a passagem de frentes frias subsequentes — elas costumam ter origem na região polar, na Antártida, entrando na América do Sul pela Argentina.

Nesta quarta-feira (8), uma frente fria já está passando pelo Rio Grande do Sul, e, na próxima quinta-feira (9), o ar frio polar deverá esfriar o Uruguai e o estado gaúcho, deixando as temperaturas pouco abaixo de 10 ºC.

No final de semana, uma segunda frente fria deve chegar ao Brasil. Com o fim do El Niño, que também contribui para as chuvas, a expectativa é a chegada da La Ninã, que pode causar até mesmo seco no RS, como as que ocorreram entre 2020 e 2023.

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